domingo, 11 de dezembro de 2011

O verdadeiro papel da supervisão

Cada vez mais é preciso que os profissionais da Educação estejam cientes de seus direitos e deveres, dentro e fora da sala de aula.

Pela falta de competência de alguns, a credibilidade e o trabalho de vários profissionais
podem ser colocados em cheque.

Algumas pessoas gostam de maltratar os outros e agir de forma arrogante pela simples demonstração de superioridade ou por achar que, se a posição que ocupa o permite agir desta forma, deve-se fazê-lo.

A exemplo do que Maria Dias Aguiar (Mariquinha), Coordenadora da Educação Infantil, agindo de forma equivocada e alienada fez na sala de aula em que atuo.

Quanto ao uso que eu fazia do note book , acredito que questão como essa vem à tona para desviar os olhos de um assunto muito mais complexo, que é a qualidade da educação (que é diferente de qualidade de ensino), a formação do individuo como ser pensante capaz de discernir o que é bom ou não, útil ou não.

Sobre o papel do coordenador deixo algumas palavras de Vasconcellos:

Celso Vasconcellos
“A introdução da Supervisão Educacional traz para o interior da escola a divisão social do trabalho, ou seja a divisão entre os que pensam, decidem, mandam (e se apropriam dos frutos), e os que executam...

Comprometido com a estrutura de poder burocratizada e de onde emanam a fonte de sua própria autoridade individual, o supervisor escolar tende a “idiotizar” o trabalho do professor porque, tal como a situação industrial, “não pode se ter confiança nos operários” (...)

A incompetência postulada do professor se apresenta assim como a garantia perversa da continuidade da posição de supervisor, de vez que inviabiliza a discussão sobre sua competência presumível e validade de sua contribuição específica. (Silva Jr., 1984:105)

Definição Negativa do papel

Comecemos pela definição negativa, qual seja por aquilo que a supervisão não é (ou não deveria ser):

Não é fiscal de professor, não é dedo-duro, não é pombo correio, não é coringa/tarefeiro/quebra galho/salva-vidas, não é tapa buraco, não é burocrata, não é gabinete (que está longe da prática e dos desafios efetivos dos educadores), não é dicário ( que tem dicas e soluções para todos os problemas, uma espécie de fonte inesgotável de técnicas e receitas), não é generalista (que entende quase nada de quase tudo).

Definição Positiva

É importante lembrar que, antes de mais nada, a coordenação é exercida por um educador, e como tal deve estar no combate de tudo que desumaniza a escola: a reprodução da ideologia dominante, o autoritarismo, o conhecimento desvinculado da realidade, a evasão, a lógica classificatória e excludente, a descriminação social na e através da escola, etc.”

Bibliografia

Vasconcellos, Celso dos Santos,1956 – Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 7 ed. / Celso dos Santos Vasconcellos.
-- São Paulo : Libertad ; 3.

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