terça-feira, 13 de novembro de 2012
Isso é Brasil: MALUF pode assumir o Ministério do Turismo.
Querem saber quem é Paulo Salim Maluf
Leia:
O inferno de Maluf e relembre episódios importantes de sua vida política.
Um acontecimento inusitado surpreendeu o Brasil em setembro de 2005: o ex-governador e ex-prefeito Paulo Salim Maluf foi preso pela Polícia Federal, acusado de usar seu poder para impedir as investigações sobre a fantástica quantia de dinheiro que teria desviado dos cofres públicos e colocado em contas secretas no exterior, principalmente na Suíça.
A impressionante história de como os bancos suíços entregaram o político Paulo Maluf para as autoridades brasileiras, revelando as contas secretas que o tinham como beneficiário, mesmo quando em nome de seu filho Flávio ou de outros parentes, é contada pela primeira vez num livro mais que oportuno: O dinheiro sujo da corrupção – como a Suíça entregou Paulo Maluf, de Rui Martins (Geração Editorial, 208 páginas, Coleção História Agora, R$ 28,00).
Rui Martins e o jornalista suíço Jean Noel Cuenod, que também cobriu o caso para a imprensa européia, têm uma surpresa que certamente deixarão Paulo Maluf e seus familiares bastante contrariados: cobrarão em ato público, em Genebra, a promessa do ex-prefeito de entregar o dinheiro das contas “a quem o encontrar”. Como eles afirmam que encontraram o dinheiro, vão exigir que a fortuna lhes seja entregue, para que doem a alguma entidade brasileira idônea de trabalho reconhecido de combate à desigualdade social.
Rui Martins vive há mais de duas décadas em Genebra, na Suíça, e acompanhou todo o caso da revelação das contas e das investigações pelas autoridades européias e brasileiras. Seu livro é o segundo de uma coleção de instant books, inaugurada com o polêmico A usina da injustiça – como um só homem está destruindo uma cidade inteira, que revelou o conflito social entre o empresário Benjamin Steinbruch, controlador da Cia Siderúrgica Nacional – CSN e a cidade de Volta Redonda, onde a usina se localiza.
O dinheiro sujo da corrupção conta como funcionam as contas secretas nos bancos suíços e nos paraísos fiscais, onde se lava o dinheiro da corrupção em governos de vários países, do tráfico de drogas e do terrorismo internacional. Foi o combate a estas atividades criminosas que permitiu às autoridades suíças informarem às brasileiras que membros da família Maluf tinham, sim, contas secretas, transferidas posteriormente para a ilha de Jersey, um paraíso fiscal nas proximidades da Inglaterra.
O dinheiro sujo da corrupção tem prefácio do lendário Jean Ziegler, o ativista e ex-deputado suíço que se tornou o terror dos bancos, autor de vários livros sobre lavagem de dinheiro.
Seus opositores sempre o acusaram de desviar recursos públicos, tanto que “malufar” passou a significar exatamente isso. Nunca haviam conseguido provar nada. Autoritário, egocêntrico, personalista, só foi eleito de fato uma vez – para prefeito de São Paulo, graças aos truques do publicitário Duda Mendonça – e até recentemente era o fortíssimo líder de um grupo político que representava a tendência que assumiu seu próprio nome, o malufismo. Ele poderia encerrar sua carreira e sua vida, nos próximos anos, sem nenhum problema legal grave, não fossem certas mudanças ocorridas no Brasil e no mundo.
Famílias humilhadas, que vivem na miséria, abandonadas pelos poderes públicos, que, durante anos, pagaram o preço da corrupção e da prevaricação dos políticos que desviam dinheiro para suas campanhas eleitorais e seus próprios bolsos. Conhecer esta realidade e saber combatê-la é importante para começar a mudá-la.
Fonte: Geração online
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